Automação de Produção no Mercado de Mídia e Entretenimento: Desafios e Oportunidades
Anselmo Junior
Pre-Sales Engineer Workflow Specialist | CIS Group
São Paulo, BR, Junho 10, 2024 – O mercado de mídia e entretenimento está em constante transformação, impulsionado por inovações tecnológicas e pelas mudanças nas preferências do público e na forma de consumir conteúdo. Um dos segmentos mais impactados por essa evolução é a produção televisiva ao vivo, que enfrenta uma busca contínua por maior produtividade, seja na nuvem ou on-premise. Nesse cenário, os fluxos de trabalho passam por reavaliações frequentes, e a automação de processos surge como uma estratégia essencial para atender às crescentes exigências por agilidade, qualidade e eficiência operacional.
É amplamente conhecido pelos broadcasters que a produção ao vivo exige precisão de frame e agilidade. A automação de tarefas como controle de câmeras, iluminação, áudio, reprodução de clipes sincronizados com sistemas de notícias (NRCS) e edição simultânea permite que as equipes se concentrem em decisões criativas e na criação de novos conteúdos — sejam eles jornalísticos ou voltados ao entretenimento.
Sistemas automatizados contribuem para entregas consistentes, reduzem falhas humanas e otimizam o uso de recursos. No entanto, é importante destacar um ponto frequentemente discutido: a percepção de perda de dinamismo para mudanças de “última hora”. Essa preocupação, porém, pode ser superada, já que muitos desses sistemas oferecem ferramentas que permitem ajustes em tempo real, possibilitando a alteração das funções automatizadas mesmo durante a transmissão ao vivo.
Soluções de Automação: Funcionalidades e Casos de Uso
Com a ascensão de plataformas como redes sociais, serviços de streaming e conteúdos sob demanda, os broadcasters enfrentam uma realidade mais fragmentada e altamente competitiva. A divisão das cotas publicitárias entre novos players obrigou os produtores tradicionais a diversificarem suas entregas para atingir diferentes canais e públicos.
Esse novo ambiente impõe à produção televisiva a necessidade de ser mais ágil, personalizada e adaptável ao consumo multiplataforma.
Para enfrentar esses desafios, diversas soluções de automação têm sido desenvolvidas. Sistemas como o Cuez Automator e o NewsCaster CONTROL oferecem funcionalidades avançadas que permitem automatizar tarefas críticas na produção ao vivo. Entre elas estão o controle automatizado de câmeras, o gerenciamento de roteiros e a integração com plataformas de produção e transmissão ao vivo, como TriCaster e vMix.
Um exemplo prático é a automação de transmissões jornalísticas. Com essas soluções, é possível programar e controlar remotamente câmeras, ajustar níveis de áudio automaticamente e gerenciar, em tempo real, a inserção de gráficos e vídeos. Essa abordagem não apenas aumenta a eficiência operacional, como também assegura maior qualidade e consistência nas entregas.
Embora o conceito de automação não seja novo no Brasil, sua adoção tem se intensificado com o surgimento de soluções mais acessíveis. Muitos broadcasters já utilizam fluxos automatizados como:
Conclusão
A automação da produção ao vivo já não é uma tendência — é uma necessidade. Em um cenário moldado pelas novas mídias e pela multiplicação de players, sejam eles FAST channels ou plataformas OTT, investir em tecnologia é fundamental para garantir relevância, sustentabilidade e escala.
Esse movimento, no entanto, requer uma mudança cultural nas equipes técnicas e operacionais. O modelo tradicional, com funções isoladas e manuais, dá lugar a operações em que múltiplas ações são orquestradas automaticamente.
A automação viabiliza a entrega de mais conteúdo com menos recursos, mantendo a qualidade e atendendo às expectativas de um público cada vez mais conectado e exigente.
Se o futuro da televisão é multiplataforma, flexível e inteligente, o caminho passa, inevitavelmente, pela automação.
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